O dinheiro do Bandido
Published by Emerson Reis under aeroporto, cane corso, estacionamento, vil metal on 12:03Em meu último retorno à Bahia, dia 23 de abril, fui resgatar meu carro no Aeroporto (sim, resgatar, pois o valor cobrado era mais caro que a passagem que paguei promocionalmente) quando me deparei com uma situação inusitada:
Ao ligar o Siena percebi que estava completamente sem bateria, e fui atrás do socorro mais próximo. Achei um cara de uma locadora, que ficava cuidando de alguns carros por lá. Conseguiu fazer dar a partida e paguei-o com o dinheiro que tinha trocado na carteira.
Só que ao sair do aeroporto tinha se esgotado o tempo de tolerância do estacionamento, e mesmo com uma justificativa do conhecimento deles e tal, nada pude fazer, estavam-me cobrando mais um real de diferença. E daí? Só estava com uma nota de cinquenta reais, e a moça da saída não tinha troco. Eu nem podia desligar o carro porque não funcionaria de novo, ainda nem tinha recarregado a bateria.
Ficou aquele impasse, a moça com a nota de cinquenta na mão, falando com a colega pelo rádio, explicando que não tinha troco, e tal. Eu já imaginava aquela fila de carros que iria se formar atrás de mim. Lembrei-me do dinheiro do bandido, na realidade uma nota rara de um real que eu tinha separado na carteira, de tão bela que era, raridade. Mas dei-a aos bandidos que me extorquiam. É a ditadura do computador, eles nem tinham nada que pudessem fazer para liberar a catraca, vil metal...